Está lá, saliente e descalça
Chão de madeira
Antes mesmo das 6h10 ela não estava!
Pode tocar a serenidade com dedos e punhos
Sozinha pela lei e espaço
Roda pela casa vestindo roupa larga, confortável e branca
Todo o teto azul oxigênio
Luz equilibrada por onde passa
É, sem entender nada!
Logo, deitada numa maca
Move os olhos em direção aos pés e vê aquela mulher
Feição familiar
Parto
Fecha os olhos
Medo
Imagem imunda destorce a lucidez
Plena claridade, dá o fundo dessa falta de cordialidade
Segundos, alguns, demorados
Abre os olhos
Volta o sereno, o azul, sensação de imensidão
Conforto
Nos braços, pequena e tão limpa quanto seu coração
Maria Antônia
Do ventre e protegida de Oxum