quarta-feira, 27 de janeiro de 2010


um negócio que não muda
de porre em porre cada vez mais irreal
quero lucidez
realidade mortal
amor, fruta mordida
saliva, sumo, suor
vermelho saindo da pele
vermelho na retina, nas unhas
eu me acho tão atual
até acertarem meu coração
em cheio, mordida que fere a artéria do inferno
porta aberta, pedras
eu acredito em paixão e moinhos, lindos
mas a minha vida sempre me baqueia
baby, eu tenho a alma molha-da
e eu mereço um lugar no céu

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

E o sol rodando vermelho...
E o sol pregado no azul...
E o sol rodando no céu...
E o sol suspenso no ar!


Com a cara enfiada no travesseiro
roguei por mais um dia claro
mas o sol amanheceu bem ali, escondido no nublado
com medo de me dar a notícia
da in-sen-sa-ta fantasia
de que dentro do meu peito
"na alma do corpo, no fundo dos olhos, no fogo"
era só mais um alvoroço fugaz, que batia.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Hoje eu acordei querendo encrenca
Escrevi teu nome no ar
Bati três vezes na madeira
Senti você me chamar

Rodei todas as lanchonetes
Tive idéias perversas
Relembrei tantos golpes espertos
Você cada vez mais perto

Meu amor, meu cúmplice
Meu par na contramão
Você não mudou em nada (nada, nada, nada)
Eu também não, que bom!


(Cazuuza...